Em julho de 2020, um ‘recado’ divulgado na bolsa de um motoboy viralizou nas redes sociais. Melissa, uma garotinha de oito anos escreveu na bolsa de entregas do pai, Bruno Mahler Schneberger, o seguinte aviso: “Motorista, cuidado com o meu papai. Eu amo ele mil milhões. Ass: Lagartixa.”
O post ‘fofo’ teve grande repercussão na internet na época, mas agora voltou à tona por outro motivo. Isso porque o motoboy Bruno acusa o iFood de plagiar o recado da filha em uma publicidade da empresa. Em um vídeo promocional da companhia, um entregador do iFood aparece com um aviso em suas costas “Cuidado com meu papai, motorista!”.
hoje eu corei vendo a bag de um motoboy pic.twitter.com/js38oqLgQk
— kamilets (@kamilagarcias) 15 de julho de 2020
Bruno afirma, inclusive, que vários amigos o parabenizaram imaginando que ele havia sido contratado pela empresa de entrega. “O iFood não teve autori- zação para reprodução do desenho. A empresa beneficiou de reconhecer toda a verdadeira história, sem ao menos disser dar a autoria da ideia, sem o imagem devido crédito pela criação e divulgação da.
Sem processo, Bruno exigiu uma indenização de R$ 100 mil por danos moraisque foi negada em primeira e segunda instância pela Justiça.
“Apesar de a campanha publicitária criado ter se inspirado no desenho da garota, esse desenho não possui a originalidade necessária para considerar como uma criação artística. […] Trata-se de mensagem herdada nas mochilas por entregadores de motocicleta, não possuindo a criatividade necessária ao reconhecimento de obra artística”, afirmou Ademr de Souza, relator do processo.
Resposta do iFood
Em sua defesa, a empresa afirmou que não houve plágio, considerando que as palavras usadas na publicidade eram de uso comum e que o bilhete não se trata de uma obra literária. Além disso, o iFood destacou que a prática não é novidade entre motoboys.
“Não há prática comum, não há uma criação prática, o que há uma semelhança do comum qual retrata uma entrega entre os motoboys entregas.”